sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Funcionária da Petrobrás entra em Greve de Fome na Bahia


Em protesto a trabalhadora Edilene Farias (Leninha) se acorrentou a uma passarela em frente ao Edifício Sede da Petrobrás na Bahia e está em Greve de fome desde as 07 horas do dia de hoje, onde permanecerá até que seja anulada sua demissão ilegal e a Petrobrás volte a fornecer sua medicação, haja vista se tratar de doença ocupacional.
A demissão, segundo o sindicato, é política e inédita, onde acontece em meio ao dissídio coletivo da categoria. Leninha tem sofrido ameaças onde tem sido continuamente acompanhada por amigos e familiares preocupados com que algo grave venha a acontecer com ela.
Edilene Farias é diretora de saúde e meio ambiente da AEPETRO e já foi diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico e Petroleiro do Estado da Bahia, na época em que diversos dos atuais diretores da Petrobrás atuavam na diretoria do sindicato. Atualmente é técnica de Programação aprovada por concurso público em 1987 e cursa com diversos problemas de saúde agravados pelo assedio moral que vinha sofrendo, o que já é objeto de Ação Civil Pública proposta pelo procurador do trabalho da 5ª Região, Dr. Manoel Jorge.
A ação integra pelo menos 18 trabalhadores que também denunciaram situações de assédio moral pela empresa, na maioria dos casos, em função de terem denunciado condutas irregulares na empresa, a exemplo de possíveis desvios de erário público que resultou no pedido de demissão de um Gerente da Petrobrás que integra uma rede sob investigação, sonegação da alíquota responsável pelo custeio da aposentadoria especial e não cumprimento dos padrões de saúde e segurança, o que tem provocado diversos acidentes e fatalidades, em média 02 por mês.
Com base na lei 8.080/90, quando a empresa descumpre a sua obrigação legal compete ao CESAT (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), órgão que integra o SUS e a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador (RENAST), definir o nexo de causalidade. Edilene apresentou os relatórios médicos junto com laudos e a comunicação de acidente de trabalho ao setor de saúde ocupacional da Petrobrás. Tudo foi devidamente registrado e a empresa deveria ter encaminhado para o INSS com o objetivo de avaliar a incapacidade ou não para o trabalho. A PETROBRÁS alega que a trabalhadora cometeu abandono de serviço, quando na verdade a trabalhadora estava afastada por problemas de saúde e a empresa subnotificou o acidente. (Jornal bahia Online)

2 comentários:

Unknown disse...

Confirmando, depois deste protesto que durou 9 dias, tendo a greve de fome sido suspensa 3 dias depois por falta de condições físicas, de saúde da vítima-empregada, até hoje está sem solução o caso e seu estado é de risco grave de morte, por falta de assistência médica, e medicamentos. A empregada conta com a ajuda dos colegas solidários para sobreviver e comprar alguns medicamentos.
No momento mantém o estado de protesto sistemático e aguarda decisões jurídicas.

Fábio Moreira Santos disse...

Ótima postagem!

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