Agências do Banco do Brasil e do Unibanco foram pontos de manifestação ontem, em Cuiabá. O protesto promovido pelo Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Mato Grosso (Seeb) fez parte do “Dia de luta por melhores condições de trabalho”. De acordo com o presidente do Seeb, Arilson da Silva, no Unibanco, as principais reivindicações são mudanças na Remuneração por Resultado (RR), ampliação do programa de bolsas de estudo e contratação de mais funcionários. Já no Banco do Brasil, a manifestação também fez parte da atividade nacional “Acorda BB”, que tem como foco o fim das terceirizações, das filas e do assédio moral, além da contratação de mais empregados. Conforme Arilson, pesquisa por amostragem feita nas agências do Banco do Brasil em Cuiabá e Várzea Grande mostra que dos 36% dos 200 funcionários entrevistados disseram que já passaram por assédio moral. “Isso, para cumprimento das metas abusivas e em função do número inferior de trabalhador”, observou. Além disso, a pesquisa mostra que 65% responderam que o Banco do Brasil não cumpre o papel de responsável sócio-ambiental. “Nem com a sociedade, com o meio ambiente ou com o próprio trabalhador”, disse. O Seeb está recolhendo assinaturas num abaixo-assinado para cobrar do banco melhores condições de trabalho e, ainda, realiza a campanha “O Sindicato Quer Ouvir Você”, que recebe dos clientes e usuários as opiniões sobre como está o atendimento nas agências. As reclamações serão encaminhadas à presidência do Banco do Brasil. Cliente do Banco do Brasil há 4 anos, o despachante Elielson Almeida David, 21 anos, também reclamou do atendimento oferecido pela instituição financeira. “É péssimo. É muita gente para poucos funcionários”, disse. Para a próxima sexta-feira está prevista nova manifestação da categoria. Desta vez será em frente às agências do HSBC. “O banco está demitindo funcionários com doenças ocupacionais”, disse. Só neste ano ocorreram três demissões.
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