
Um sindicato que representa os interesses de servidores públicos terá de pagar indenização de R$70 mil a um ex-empregado. Ele foi vítima de assédio moral, praticado por uma superior hierárquica e pelo presidente do sindicato. Os dois agrediam verbalmente o empregado ridicularizando-o diante dos colegas de trabalho e até mesmo de filiados ao sindicato. O processo foi julgado pelo juiz Denilson Bandeira Coêlho, da 4ª Vara do Trabalho de Brasília. Para o magistrado "o que mais chama a atenção do episódio é a natureza da entidade/ré e o quê ela representa perante sua base de filiados no Distrito Federal". Como órgão de classe laboral, o sindicato deveria combater situações semelhantes. Mas o oposto foi provado por testemunhas ouvidas durante o processo. "Outro é o ambiente de seus próprios empregados, fadados a escutar xingamentos e comentários depreciativos que servem tão-somente para baixar-lhes seu potencial laborativo", concluiu o juiz Denilson Coêlho. Em sua defesa, o Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e Ministério Público da União e do Distrito Federal), alegou que "embora possa parecer socialmente criticável, o fato é que o uso de palavrões em todos os setores é corrente" e que o ambiente de trabalho no sindicato é saudável.
3 comentários:
O que mais chama a atenção com relação ao assédio moral que as pessoas sofrem é incrivelmente o número de casos que ficam ocultos. O que leva uma pessoa a suportar tamanha pressão? Não são raros os casos em que a pessoa se sente pressionada de todos os lados e formas. O que tem que acabar é o medo. A mídia em geral deveria dar mais atenção a esse trágico fato.
Parabenizo você pela sua iniciativa e dedicação em abordar tal tema...
Parabéns pelo seu blog. Muito boa sua matéria. Acompanho sempre suas publicações. Iniciativas como a sua é que faz toda a diferença.
Já ouvi relatos de pessoas que foram vítimas de assédio. Infelizmente, pessoas que não sabiam como proceder em consequência de tal fato. Buscar meios e soluções que tratam do assunto, só faz crescer a vontade de que esse tipo de assédio deixe de existir, ou pelo menos, inibir os "agressores". Temos que ajudar a dar um basta nesse tipo de violência. Parabéns por fazer parte de um grupo de pessoas que querem mudar e fazer algo mais ao próximo.
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