quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Murici aciona Procuradoria contra Sergio São Bernardo




A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marilia Murici, acionou a Procuradoria do Estado para saber que providências administrativas poderão ser tomadas contra Sergio São Bernardo, ex-superintendente do Procon-Ba, que assinou uma carta, difundida na internet, na qual acusa a secretária de ter praticado racismo. Sergio São Bernardo, que integrou a coordenação da
A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marilia Murici, acionou a Procuradoria do Estado para saber que providências administrativas poderão ser tomadas contra Sergio São Bernardo, ex-superintendente do Procon-Ba, que assinou uma carta, difundida na internet, na qual acusa a secretária de ter praticado racismo. Sergio São Bernardo, que integrou a coordenação da campanha de Jaques Wagner, foi exonerado do orgão de proteção ao consumidor há cerca de um mês.
A Procuradoria deverá avaliar, também, o teor das notas e notícias publicadas em jornais sobre o fato, e emitir parecer no início de janeiro de 2008. O procurador do Estado, o advogado criminalista Fernando Santana, disse que foi contactado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos no sentido de examinar as matérias e a carta envolvendo o nome da secretária Marília Murici. “Em face desse exame é possível identificar que providências institucionais podem ser tomadas ou não“, disse o procurador, que preferiu não se estender no assunto.
Respeito - O imbróglio político criado dentro do Executivo com a exoneração de São Bernardo levou o secretário de Promoção da Igualdade, Luiz Alberto, a negociar com o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, o retorno de São Bernardo ao governo, durante almoço na quarta-feira. Embora Luiz Alberto tenha afirmado que “ele volta“, por enquanto, nada está confirmado oficialmente. O certo é que ele não retorna ao Procon-Ba.
A secretária Marília Murici está em São Paulo, cuidando de questões pessoais, e deverá se pronunciar publicamente somente quando retornar à Bahia, dia 2 de janeiro. Mas por meio da assessoria de imprensa do orgão, mandou recado impessoal através de nota pública.
Nesta, a Secretaria diz que diante das notícias veiculadas na imprensa sobre o ex-superintende do Procon, Sergio Sâo Bernardo, quer esclarecer que “os motivos da sua exoneração foram exclusivamente de natureza administrativa“. O texto emenda dizendo que “as graves acusações de racismo e assédio moral carecem de qualquer fundamento“ e que “a história de vida pessoal, política e profissional da secretária é o maior testemunho do seu respeito aos direitos humanos e às diferenças, inclusive as de credo e etnia“.
Acusações - Sergio São Bernardo foi procurado por A TARDE diversas vezes nesta sexta-feira, mas seu telefone celular estava na caixa de mensagem e ele não retornou as ligações. Procurado novamente para comentar o caso, por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, disse que não poderia falar em razão de estar participando de uma mesa de negociações com os servidores públicos.
O Movimento Negro Unificado (MNU) reafirmou o apoio à Sergio São Bernardo, independente dos desdobramentos políticos que ocorram. O MNU, com outras entidades do movimento promete manifestação pública nas ruas de Salvador contra o suposto racismo sofrido por Sergio Sâo Bernardo.
Carta - A carta assinada por Sergio São Bernardo - segundo o próprio, enviada para um grupo restrito e que acabou sendo difundida pela internet - traça o que o autor chama de “tortuoso caminho de assédio, discriminação e preconceito“.São Bernardo conta, nesta, que a secretária Marília Murici o teria exonerado por terem “estilos diferentes“, segundo teria dito a própria. Diz que tinha sua capacidade técnica questionada por auxiliares próximos da secretária e que nunca teve suas indicações acatadas, “em sua maioria, homens e mulheres negras“. Para finalizar, afirma que foi vítima de “racismo institucional, perverso e trágico“.

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