O vice-presidente da Febracta (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), Moisés Gomes de Almeida, deve começar nesta segunda-feira (25) a cumprir pena de dez dias de detenção por ter dado declarações à imprensa sobre a crise aérea.Almeida deu uma entrevista à rádio CBN, no dia 14 deste mês. De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), militares precisam de autorização para falar a qualquer veículo de comunicação.Outros líderes da categoria também sofreram punições. O presidente da ABCTA (Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo), Wellington Rodrigues, foi afastado do serviço por falar com a imprensa.Já o presidente da Febracta, Carlos Trifilio, foi punido a um total de 24 dias de detenção por ter, em duas entrevistas, "travado polêmica sobre assunto militar e por ter promovido crítica às autoridades", segundo a Nota de Punição Disciplinar Militar. Ele foi acusado também de usar o telefone de trabalho para insuflar outros controladores contra seus superiores. A pena, a ser cumprida na base aérea de São Paulo, deve ser iniciada em 2 de julho.O advogado de Trifilio,Tadeu Corrêa, disse à Folha Online que moverá um mandado de segurança na Justiça Militar para tentar reverter a punição.O advogado diz acreditar que a prisão de Trifilio é irregular porque ele não teve "direito ao contraditório nem ampla defesa". Ele deverá argumentar que Trifilio não deu entrevistas só como controlador de tráfego aéreo mas também como presidente da Febracta.O PSOL pretende entrar amanhã com uma representação no Ministério Público Militar em Brasília contra a prisão do sargento Carlos Trifilio e de Moisés de Almeida, dirigentes da federação dos controladores.
Com Folha de S.Paulo
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